A vitamina D, fabricada principalmente a partir da exposição solar, é responsável pela formação dos ossos, além de estar associada ao bom funcionamento dos sistemas imunológico e respiratório, entre outras incontáveis funções. Só que os banhos de sol e a alimentação nem sempre são suficientes para garantir doses adequadas. Descubra como assegurá-las ao seu filho desde o útero
Qual a importância da vitamina D?
Sua atuação vai além da função clássica de promover a fixação do cálcio, solidificando a estrutura óssea. Um artigo científico da Universidade de Brasília (UnB) aponta que o nutriente participa da regulação de 3% do genoma humano, desempenhando um papel estratégico na atividade de sistemas como o imunológico, o cardiovascular e o metabólico. Tanto é que uma pesquisa da Universidade de Yale (EUA) demonstrou que a simples suplementação de vitamina D em crianças com asma ajuda a diminuir a severidade das crises. Por fim, a vitamina participa dos processos de crescimento e multiplicação celular.
Os níveis de vitamina D da mãe, durante a gravidez, impactam na saúde do bebê?
Alguns estudos sugerem que os filhos de mães carentes da vitamina teriam maior probabilidade de desenvolver alergias e doenças respiratórias. Por isso, apesar de a suplementação na gravidez não ser unanimidade entre os especialistas, vale conversar com o obstetra e considerar essa possibilidade.
Quais as consequências do déficit da substância?
Níveis baixos estão associados a uma fragilidade da estrutura óssea, tornando-a mais suscetível a fraturas. Também há indícios de que a carência está relacionada a doenças como obesidade , diabetes tipo 1, asma, problemas alérgicos e autoimunes. Crianças com alterações renais, fibrose cística, obesas ou que fazem uso de medicamentos da classe dos corticosteroides tendem a apresentar níveis baixos. Além disso, quanto mais escura for a pele, menor é a produção do nutriente. Nesses casos, pode ser apropriado dosar a vitamina D por meio de uma amostra de sangue. Se a escassez for detectada, um especialista recomendará a ingestão de uma carga reforçada da substância.
Em que alimentos ela está presente?
Ela é fornecida, em quantidades mínimas, pelos peixes, entre eles, sardinha e atum, além de leite e derivados. Mas a dieta não é capaz de suprir nem 10% das necessidades diárias infantis, que são de 400 unidades internacionais (UI) até 1 ano e de 600 UI a partir dessa idade. Para se ter uma ideia, o leite materno oferece apenas 22 UI por litro e os pescados, 88 UI a cada 100 gramas.
Qual a melhor forma de obter a vitamina D?
Em tese, os banhos de sol deveriam assegurar a maior parte da produção, já que os raios solares incidem sobre a pele, promovendo a conversão de substâncias presentes ali na vitamina D propriamente dita. Quinze minutos de exposição, com braços e pernas descobertos, são suficientes. Entretanto, existem dois obstáculos: o primeiro é que o melhor horário para sintetizar a substância (entre 10 da manhã e 3 horas da tarde) também é o mais crítico para a ocorrência do câncer de pele, tornando-se proibitivo – ainda assim, a exposição no período permitido já ajuda. E o segundo entrave são os filtros solares que, embora não barrem completamente a radiação, reduzem-na consideravelmente, prejudicando sua produção.
E qual a solução?
Diante desses impasses, a Sociedade Brasileira de Pediatria preconiza, além das brincadeiras ao ar livre, a suplementação de 400 UI diárias para bebês de até 12 meses, e de 600 UI, para crianças de 12 a 24 meses. Em caso de alimentação com fórmula infantil, alguns médicos defendem que o aporte seja ajustado, já que esses produtos apresentam uma concentração significativa de vitamina D. De qualquer forma, é consenso que a suplementação padrão é segura, independentemente da dieta.
Que cuidados de armazenamento são necessários para manter a qualidade do suplemento?
Observe se o produto é comercializado em um vidro escuro, que ajuda a proteger as cápsulas da luminosidade, e o mantenha sempre ao abrigo da umidade e de altas temperaturas.
Como se pode assegurar a quantidade adequada de vitamina D após os 2 anos de idade?
Deve-se estimular uma alimentação balanceada e as brincadeiras ao ar livre, sem exagerar nos cuidados com a proteção solar, ao usar mangas compridas, calças e bonés com frequência. Tanto o médico como o nutricionista podem sugerir o consumo de alimentos fortificados com a vitamina, a exemplo do leite.
O excesso de vitamina D é perigoso?
Ele favorece o surgimento de problemas renais, ósseos, alérgicos, autoimunes e hepáticos. Daí a importância de evitar a automedicação. Mas é fundamental ressaltar que as doses Recomendadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria não representam ameaça.
(Fonte: Revista Crescer)
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |